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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

(A)normalmente inclusivos

Somos um povo intrinsecamente "racista".
Gostamos de acolher bem quem nos visita, mas desconfiamos teimosamente de quem é estrangeiro, tem outra cultura, outra cor de pele, gosta de comidas esquisitas, veste de forma excêntrica, vê o mundo com olhos azuis em vez de castanhos, só porque conhece outra realidade.
Não é por isso de estranhar que, quase sem darmos por isso, marquemos como diferentes as pessoas com deficiência na nossa sociedade.
Não as culpamos de nada, claro, mas muito cá no fundo olhamos para elas com um misto de compaixão e de alívio por não sermos assim e, inconscientemente, recusamos-lhes um lugar junto das pessoas "normais".
Há que cuidar delas, sem dúvida, mas de preferência longe da nossa vista.
E, quando não há forma de escapar à sua companhia fazemos de conta que "não se passa nada", que não damos pelo facto de elas não serem como nós, e tentamos tratá-las como pessoas "normais".
Mas afinal de contas... O que é ser "normal"? Somos nós que somos "normais"? Ou será que "normais" são aqueles que, rotulados por nós de "pessoas com deficiência", nos abrem as portas do seu mundo único e especial sem pedir absolutamente nada em troca?

1 comentário:

Debby disse...

Que dizer das pessoas aparentemente "normais" que nos passaram à frente, que se julgam assim e são os seres mais estranhos, com doenças mentais inclassificáveis....uma noite a festejar a passagem de ano em SÃO ROMÃO, e posso adiantar muitos nomes! =)